O presente trabalho tem como tema as experiências de uma apoiadora na Educação Infantil e dos Anos Iniciais no município de Osório/RS. A pergunta norteadora foi: como se organiza o serviço de apoio à inclusão em duas escolas públicas, a partir da experiência de uma apoiadora da Educação Infantil e dos Anos Iniciais?. A abordagem metodológica consiste em uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso, a partir da experiência da pesquisadora, ao atuar como apoiadora à inclusão na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Para a construção dos dados e registro desses, fez-se uso do Diário de Bordo on-line e de registros fotográficos. O estudo teórico partiu de uma revisão de literatura sobre o tema, de uma descrição histórica e legal, bem como de uma articulação com a perspectiva inclusiva no contexto da Educação Infantil e dos Anos Iniciais, incluindo também a atuação dos profissionais de apoio. A discussão dos dados foi realizada em dois eixos, sendo eles: “O apoio à inclusão na Educação Infantil”; e “O apoio à inclusão no Ensino Fundamental”. O Primeiro eixo se subdivide em dois subeixos: a) negação da escola como espaço legítimo; b) inclusão como benevolência. Já a discussão do segundo eixo, a partir dos dados do Ensino Fundamental, foi organizada em três subeixos: a) desejos de segregar e preconceitos; b) rotulações de não aprendente; c) apoiar sem apoio: a desvalorização dos profissionais de apoio à inclusão escolar. Desse modo, este estudo possibilitou constatar as possibilidades e os desafios enfrentados pelos profissionais de apoio à inclusão em duas escolas públicas, destacando aspectos como a interação entre os profissionais da escola e as crianças apoiadas, bem como a necessidade de superar o preconceito associado a um laudo. Por outro lado, observou-se que, por meio da sensibilização e do trabalho coletivo, é possível ressignificar o olhar junto com a equipe escolar, enfatizando o acolhimento e o respeito à diversidade.