Este estudo aborda práticas da gestão escolar na escola pública, tendo como objeto investigativo as relações entre a equipe diretiva e os professores numa escola de periferia da região metropolitana de Porto Alegre. Compreende uma análise de cunho sociológico, amparada, principalmente, nos teóricos Zygmunt Bauman e Richard Sennett, respectivamente, nos conceitos de Sociedade de Consumo Líquido-Moderna e de empatia dialógica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa-participante, que descreve vivencias do pesquisador no lócus da investigação. O estudo revelou que: a) os professores, em sua maioria, não se sentem contemplados em suas práticas pedagógicas; b) os gestores escolares priorizam as exigências do mercado capitalista, transformando a educação em mercadoria para o atendimento da sociedade de consumo; c) as práticas da gestão escolar se confirmam gerencialistas, burocratizadas e administrativas; d) o entendimento de empatia configura-se um equívoco entre os professores e gestores e sustenta-se pelas ideias de benevolência do senso comum. Como possibilidade de promover reflexões acerca da problemática verificada foi desenvolvido, um produto educacional intitulado - ‘Os 10 (Des)Mandamentos para a gestão de encontros empáticos na Escola Pública’ -, personificado em um infográfico, e para entendê-lo enquanto síntese do estudo, o pesquisador produziu ainda um vídeo com a socialização da pesquisa.