A demanda brasileira pela produção de peras se mantém durante os anos, com altas taxas de importação devido à falta de produção local. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a ocorrência de partenocarpia natural e induzida em pereiras japonesas ‘Housui’, cultivadas em Santana do Livramento, RS, e comparar com a frutificação proveniente de polinização cruzada a partir de um levantamento, realizado nas proximidades, de cultivares com compatibilidade gametofítica e sincronia fenológica. A partir da contagem de sementes viáveis de frutos armazenados da safra 2018/2019, foi realizada a classificação de tendência à ocorrência de partenocarpia e fecundidade em frutos de pereiras japonesas ‘Housui’ cultivadas em Santana do Livramento. Foi implantado um ensaio de polinização controlada no mesmo pomar comercial durante a fase fenológica “3F3” da flor no ciclo produtivo de 2019/2020. Os tratamentos empregados foram de isolamento com emasculação da flor, polinização cruzada manual, autopolinização manual, polinização aberta e partenocarpia induzida com o uso de giberelina AG3 (10 ppm) na plena floração e 15 dias após. Foram caracterizadas a frutificação efetiva e o tamanho dos frutos aos 30 e 45 dias após a plena floração (DAPF). A ocorrência de partenocarpia nos tratamentos livres de polinização e autopolinização manual demonstrou capacidade de fixação de frutos suficiente para manutenção de safra, no entanto a polinização cruzada com gametófito compatível proporcionou maior frutificação efetiva e tamanho de frutos.