Resumo:
O Ensino direcionado à aprendizagem de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) torna-se particularmente desafiador nos dias atuais, dadas às dificuldades de interação social e comunicação que estes alunos apresentam. Ao pesquisar a temática que envolve o autismo, este estudo teve por objetivo verificar as práticas que estão sendo realizadas nos anos iniciais do ensino fundamental, pelos professores que possuem alunos incluídos nas turmas de 1° ao 5° ano, nas escolas da rede municipal de Cruz Alta, RS. Para isso, no que diz respeito à metodologia, primeiramente, foi necessário identificar as escolas que possuem alunos com TEA, e verificar a visão dos docentes com relação a inclusão destes alunos no ensino regular, a fim de analisar a percepção dos docentes com relação às metodologias utilizadas para a efetiva inclusão destes alunos em sala de aula. Posteriormente foi possível investigar como os serviços de Orientação Educacional (OE) e de Supervisão Escolar (SE) estão auxiliando no processo de inclusão dos alunos com TEA. Assim, a pesquisa foi realizada em duas etapas: uma pesquisa de campo, e uma pesquisa bibliográfica. Na primeira etapa, realizou-se uma pesquisa de campo, a partir da aplicação de questionários com os sujeitos da pesquisa. Os sujeitos deste estudo foram professores que possuem em suas turmas alunos diagnosticados com TEA, as diretoras e demais membros da equipe que compõe a OE e SE das escolas. Cada participante, após ter tomado ciência do projeto recebeu o questionário impresso e teve dez dias para responder as questões. Na segunda etapa, foi desenvolvida uma pesquisa bibliográfica, para dar maior embasamento teórico ao estudo. Logo após o recebimento dos questionários, foram organizadas todas as respostas, a partir de um exercício analítico que possibilitou a construção de três categorias de análises. Nas análises dos estudos realizados, constatou-se que a inclusão de alunos com TEA está ocorrendo de forma gradativa, pois ainda há poucos profissionais efetivamente capacitados para atender as demandas de aprendizagem desses alunos. Outro fator constatado pela pesquisa, é que as práticas pedagógicas e as estratégias exercidas por alguns professores são muitas vezes excludentes, devido em grande parte à falta de formação pedagógica adequada e especificamente direcionada ao TEA, ainda que muitas responsabilidades com relação a aprendizagem dos alunos com TEA seja repassada ao profissional do Atendimento Educacional Especializado (AEE).