Resumo:
O presente trabalho de conclusão de curso investiga “o processo de alfabetização
de estudantes com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade:
concepções e práticas pedagógicas” em escolas públicas do Município de Fortaleza
dos Valos/RS. O interesse pelo tema surgiu a partir de inserções nas escolas
públicas do município de Fortaleza dos Valos e observações em crianças com
Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e a constante
dispersão a quaisquer outros estímulos, tendo como consequência, dificuldades no
processo de alfabetização. Objetiva investigar e analisar concepções e estratégias
metodológicas utilizadas no processo de alfabetização de estudantes com
Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade nas escolas públicas do
município de Fortaleza dos Valos, à luz dos referenciais apresentados na pesquisa.
Trata-se de uma pesquisa qualitativa e de campo, tendo como instrumento um
questionário a ser aplicado para quatro professores que atuam no primeiro e
segundo ano dos anos iniciais do ensino fundamental, respectivamente, destas
escolas. Fundamentam a presente pesquisa, autores como Ferreiro e Teberosky
(1999), Hentges (2018), Rohde e Matos (2003), a Associação Brasileira do Déficit de
Atenção (2016, 2017, 2019), o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos
Mentais (2014) e as legislações vigentes acerca do tema (BRASIL, 1996, 2005,
2008, 2015), bem como demais pesquisadores e autores da área de igual
importância. Como resultados e conclusões, conheceu-se e aprofundou-se conceitos
sobre TDAH e o processo de alfabetização na perspectiva teórica construtivista.
Concluiu-se que há, no universo da pesquisa, apenas quatro salas de aula, um
número grande de crianças que apresentam os sintomas de TDAH e, destas,
apenas uma está diagnosticada clinicamente. As professoras relatam as atividades,
recursos e estratégias utilizadas com as crianças com TDAH, mas clamam por
formações específicas. Por fim, encontrou-se nas respostas das professoras,
resquícios de uma concepção associacionista, revelando a ausência da abordagem
construtivista de alfabetização, aqui neste estudo, apresentada.