Resumo:
O feijão (Phaseolusvulgaris L) é uma das leguminosas mais consumidas pelos brasileiros,
sendo um dos principais componentes da dieta em todas as regiões do país. Existem diversas
pragas e doenças que atacam e diminuem a produtividade das lavouras de feijão pelo país,
havendo a necessidade da realização do controle para evitar maiores perdas, controle esse que
na maioria das vezes é químico, mas devido maior exigência do consumidor, isso vem
mudando. Esse trabalho teve como objetivo avaliar a efetividade da utilização da planta
Tajujá (Cayaponiatayuia M.) no controle biológico da Vaquinha (Diabróticaspeciosa) na
cultura do feijão. Para tal o experimento foi desenvolvido em área particular no município de
Santo Augusto – RS na 1° safra 2021/22. O delineamento experimental utilizado foi o
Delineamento de Blocos Casualizados – DBC, quatro tratamentos e três repetições, utilizando
variedade de feijão vermelho, em sistema de plantio direto. Os tratamentos foram: T1:
Tratamento sem qualquer uso de atrativos naturais e ou químicos (Controle); T2: Controle
com Óleo de Neem; T3: Raiz de Tajujá bruta; T4: Controle Químico (Testemunha); T5:
Tratamento com Raiz de Tajujá em armadilha de litro pet. Foram utilizadas 80 sementes por
parcela (12,5 sementes por metro linear), com espaçamento entre plantas de 8 cm e
espaçamento entre linhas de 40cm, em parcelas de 1,6 x 1,6 m (2,56 m2), ficando assim cada
parcela com 5 linhas com 16 sementes cada. Os produtos alternativos foram Óleo de Neem e
Raiz de Tajujá. O produto químico foi um registrado para a tal função. As aplicações dos
produtos iniciou-se após 12 dias da germinação. As avaliações foram Massa Seca (MS) do pé
inteiro, das folhas, ramos + raízes e vagens. Os dados foram submetidos ao teste Tukey à 5%.
No presente estudo, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos para
os parâmetros planta inteira, folhas e vagens. Já para o parâmetro ramos + raízes, diferenças
foram observadas. Na avaliação dos Ramos + Raízes a variação foi de 1,52 a 2,40 ton.ha-1
para os tratamentos Sem Nada e Óleo de Neem, respectivamente. Os maiores valores foram
observados no tratamento Óleo de Neem, que diferiu significativamente dos tratamentos
Químico e Sem Nada, porém não diferiu significativamente dos tratamentos Iscas e Raízes.
Mais estudos são necessários a fim de determinar a metodologia mais efetiva com os produtos
alternativos.