O quivizeiro é originário da China, mas foi na Nova Zelândia que no século XIX
sofreu seleções e melhoramentos para dar origem às diversas variedades cultivadas
atualmente. As primeiras sementes chegaram ao Brasil em 1971 e o cultivo no Rio
Grande do Sul iniciou-se no começo da década de 1980. O surgimento de
quivizeiros infectados pelo fungo Ceratocystis fimbriata vem causando consideráveis
perdas na produção do quivi. O fitopatógeno causa a doença conhecida como
Murcha do quivizeiro, cujos sintomas incluem murcha da copa, escurecimento do
lenho devido ao apodrecimento, frutos menores e presença de estrias amarronzadas
em ramos, troncos e raízes. Não há produtos que comprovadamente eliminem o
fungo do quivizeiro. Extratos vegetais vêm sendo estudados quanto ao seu potencial
em inibir o desenvolvimento de doenças e pragas, surgindo como alternativa no
controle de fitopatologias. Devido à importância do quivizeiro para a economia e
diversificação agrícola, este estudo tem como objetivo geral avaliar, in vitro, o
potencial fungitóxico de diferentes extratos vegetais sobre o fungo Ceratocystis
fimbriata. Extratos etanólicos de alecrim (Rosmarinus officinalis), alho (Allium
sativum), arruda (Ruta graveolens), canela-da-China(Cinnamomum aromaticum),
campim-cidreira (Cymbopogon citratus) e cravo-da-Índia(Syzygium aromaticum)
foram utilizados em diferentes concentrações para avaliar seu potencial fungitóxico
sobre Ceratocystis fimbriata. Também foram testadas diferentes concentrações de
etanol, iguais às presentes nos extratos vegetais, com o intuito de avaliar se os
possíveis efeitos apresentados pelos extratos foram devidos aos compostos
extraídos ou ao etanol. Além disso, foi avaliada uma metodologia alternativa para
inoculação de fungos em placas de Petri, utilizando discos de papel-filtro imergidos
em solução micelial em vez de discos de micélio-ágar comumente empregados. Os
extratos vegetais apresentaram diferentes graus de fungitoxidade sobre Ceratocystis
fimbriata. Todos os extratos vegetais apresentaram algum nível de fungitoxidade,
sendo que os extratos brutos de canela-da-China e cravo-da-Índia inibiram
totalmente o fitopatógeno durante os 10 dias de realização dos testes, indicando
potencial para futuros estudos in