A alface é uma das hortaliças folhosas mais consumidas no Brasil, gerando grande demanda por seu cultivo. Uma das variedades mais consumidas é a alface crespa sem a formação de cabeça, especialmente apreciada por sua crocância e durabilidade pós colheita. Contudo, a qualidade das mudas de alface possui relação direta com o sucesso final da cultura e a escolha do substrato adequado desempenha um papel essencial nesse processo. No experimento conduzido em Santana do Livramento, RS, entre abril e julho de 2023 em estufa plástica do tipo túnel baixo foram testados os seguintes substratos: T1 - casca de arroz carbonizada (100%), T2 - casca de arroz carbonizada (50%) + esterco bovino (50%), T3 - solo (50%) + esterco bovino (50%) e T4 - casca de arroz carbonizada (33%) + esterco bovino (33%) + solo (33%). Foi realizada a caracterização física e química dos substratos. Como resultados finais do experimento, percebeu-se que todos os tratamentos testados proporcionaram uma adequada germinação das sementes, entre três a quatro dias após a semeadura. Para as variáveis altura de plantas, número de folhas e matéria fresca da parte aérea observou-se que o substrato T3 (SOLO 50% + BOV 50%) foi superior aos demais, proporcionando os maiores valores mensurados dentre todos os tratamentos. Sugere-se que as misturas de substratos com base em solo (50%) e esterco (50%) podem ser uma alternativa aos agricultores que buscam um meio de cultivo para a produção de mudas de alface, proporcionando baixo custo, facilidade de acesso aos materiais e o aproveitamento os recursos locais disponíveis.