REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL UERGS

Literatura oral africana e afrodiaspórica em uma escola quilombola do Morro Alto: o lugar e o não-lugar da comunidade negra dentro da instituição

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dc.contributor.advisor Schefer, Maria Cristina
dc.contributor.author Góes, Ana Paula da Cunha
dc.date.accessioned 2025-05-13T16:50:42Z
dc.date.available 2025-05-13T16:50:42Z
dc.date.issued 2025
dc.date.submitted 2025
dc.identifier.uri https://repositorio.uergs.edu.br/xmlui/handle/123456789/3774
dc.description.abstract Esta pesquisa é o registro da interação entre as crianças do 4º ano do Ensino Fundamental de uma escola quilombola com a literatura oral africana — uma expressão artística que emerge das relações dos povos africanos por meio da oralidade, atravessa gerações e vem sendo modificada não só pelas características que lhes são intrínsecas, como a flexibilidade para se adaptar ao tempo e ao público, mas também pela forma como essas sociedades denunciam as marcas da colonização e subvertem suas narrativas. A realidade observada junto às crianças foi interpretada com base na historiografia do Quilombo de Morro Alto, onde a escola está localizada, e nas determinações da Lei nº 10.639/2003. Tal abordagem permitiu que a literatura oral africana fosse utilizada como um instrumento de valorização histórica e étnico-cultural. No que diz respeito aos fundamentos teóricos da pesquisa, foi fundamental compreender a natureza dessa arte e suas transculturações, o que exigiu uma análise prévia de como a oralidade organiza a literatura e a cultura dos povos africanos, com base nos estudos de Chabal (1994), Derive (2010), Finnegan (2016), Irele (2001; 2016), Leite (1998), Martins (2003) e Queiroz (2014). Os contos narrados foram extraídos da obra A África recontada para crianças (2020), de Avani Souza Silva — uma coletânea de histórias oriundas de países africanos colonizados por Portugal e que, assim como o Brasil, compartilham o idioma português. O estudo revelou a existência de barreiras, tanto por parte da escola quanto das crianças, em relação à história da comunidade negra de Morro Alto, bem como à cultura africana. Identificar essas barreiras nos ajuda a refletir sobre as dificuldades de implementação da Lei nº 10.639/2003, mesmo 22 anos após sua promulgação. Além disso, tais barreiras suscitam discussões sobre os conceitos de memória, território e a complexidade de conceituar uma literatura africana, considerando que não há uma língua comum em que essa literatura seja criada, tampouco uma única nação de onde ela provenha.
dc.language.iso 250512s2025####bl#a###fr#####000#0#por#d
dc.subject Literatura oral africana
dc.subject Produção intelectual - Uergs
dc.subject Escola quilombola
dc.title Literatura oral africana e afrodiaspórica em uma escola quilombola do Morro Alto: o lugar e o não-lugar da comunidade negra dentro da instituição
dc.type Arquivo digital
local.description.areasdoconhecimento D378.4(816.5)


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