Resumo:
Esta pesquisa é uma escrita não linear, cujo traçado evidencia uma educação que passa pelos saberes do corpo. Parte da história de vida da escritora-pesquisadora, dos caminhos percorridos no ambiente escolar, olhando para o corpo das mulheres e alinhavando vida, ciência, arte e invencionices. Pensa uma educação que respeite suas próprias intuições; a qual tenha liberdade para a criação de saberes inimagináveis, construídos nos transbordamentos, nas rachaduras, nas poções, em tessituras, ou em transgressões. Para tanto, tem a cartografia como método, pensando numa construção singular de escrita, com movimento e fluxo, muito particulares. Experimenta a performance como fonte de criação junto ao corpo e à docência, elucidando o seu conceito na arte e apontando possibilidades desse fazer na educação. Pretende promover uma composição de inspiração potencializadora aos corpos que aprendem e ensinam; ensinam e aprendem, fazendo isso com afeto e afetação, numa educação sensível. Rompe com os muros da escola, colocando seu corpo de professora performer a fazer escola para dialogar com as histórias do mundo: sociais, ambientais e pessoais, a fim de que essa conversa possa traduzir, reinventar, criar com o conhecimento já produzido, partindo da escrita de si e de um corpo que se permite criar na educação e produzir preciosidades em suas fugas. A educação quer respirar. Os corpos que nela habitam também.