A educação vem sofrendo modificações, os alunos estão deixando de ser expectadores e apresentam a necessidade de serem produtores de sua própria aprendizagem. Nessa concepção vê-se a possibilidade do uso de metodologias ativas na escola, onde o aluno passa a fazer parte de seu processo de aprendizagem. Dessa forma a metodologia de resolução de problemas é uma metodologia capaz de favorecer que o aluno desenvolva diferentes estratégias e também oportuniza a interação entre alunos. O objetivo desta dissertação foi elaborar um produto educacional, constituído por fichas de trabalho, aplicável na realidade escolar que contemplou o uso de metodologias ativas e estratégias de resolução de problemas pautadas nestes dois pressupostos e na construção da aprendizagem significativa. A questão que norteou o problema de pesquisa foi “Como utilizar a metodologia de resolução de problemas na sala de aula para que o aluno possa construir um conhecimento significativo e que vá além dos muros da sala de aula?”. Para contemplar a pesquisa como um todo, buscou-se conhecer a dimensão significativa da percepção, memória e atenção na linguagem, no desenvolvimento e na aprendizagem para o aluno. Discutiram-se, ainda, os pressupostos teóricos e práticos da metodologia de resolução de problemas. A pesquisa foi conduzida a partir do método de pesquisa bibliográfica. A análise necessária para a confirmação das fichas de trabalho realizou-se a partir do referencial teórico definido na seção sobre o estado da arte abordando o comportamento, o discurso e os dados concernentes à capacidade para a construção autônoma de conhecimento dos alunos quando confrontados com a metodologia de resolução de problemas. O conteúdo principal do produto educacional desta pesquisa foi fichas de trabalho na introdução de equações do 1º grau. A opção por esse conteúdo foi a partir de algumas situações supostas concernentes ao cotidiano dos alunos do Ensino Fundamental, tendo como objetivo promover o desenvolvimento do pensamento algébrico, partindo-se do pressuposto que o querer e o gostar é uma condição para o desenvolvimento da aprendizagem. Como forma de “destruir as paredes da sala de aula”, propôs-se o fim da dicotomização entre a reflexão e ação, como base de um processo de ensino em que o estudante é protagonista e o professor assume papel de mediador, dando ênfase à dimensão social e interacional nesse processo.