A Cultura Maker tem sido amplamente adotada como uma abordagem pedagógica inovadora em instituições de ensino, sendo aplicada em todos os níveis educacionais. Essa metodologia envolve ferramentas e espaços conhecidos como Espaços Maker, onde todos os recursos estão integrados. Embora facilmente adotado em escolas particulares no Brasil, desafios como a falta de espaço físico e a dificuldade de integrar essas atividades ao currículo escolar são comuns. A pesquisa em questão foi motivada pela pergunta: como implementar vivências maker e STEM em instituições públicas e privadas com recursos financeiros e espaços limitados, utilizando materiais que promovam uma aprendizagem criativa? O objetivo é tornar as atividades maker, que envolvem ferramentas manuais e produção digital, mais acessíveis aos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental, por meio de um espaço maker móvel e um guia didático. Dois produtos educacionais foram desenvolvidos durante o Mestrado em Docência para Ciências, Tecnologias, Engenharia e Matemática (STEM): o FabriCar, um espaço maker itinerante, e o "Guia de FabriCar de Atividades Maker", um material didático que orienta como realizar essas atividades. O FabriCar pode ser transportado e montado em diferentes locais, permitindo a implementação mesmo em escolas com pouco espaço disponível. A pesquisa, de natureza aplicada e abordagem qualitativa, envolveu sete professores de 6o e 7o anos para validar o potencial do FabriCar. Os resultados indicaram que as atividades têm impacto positivo na educação interdisciplinar, servindo como base para outras iniciativas maker. Os professores destacaram a flexibilidade e a capacidade de tornar as aulas mais interativas. Os próximos passos incluem avaliar a usabilidade do projeto, buscar aprimoramentos para a versão itinerante do FabriCar, expandir o projeto para outras escolas e elaborar uma nova versão do guia com mais atividades.